Em conjunto com o Dr. Vijay da Aerfil, desenvolvi uma discussão com o intuito de questionar as diferentes classificações de filtros. O objetivo não é destruir classes de filtros ou ainda metodologias de ensaios, porém alimentar o debate de o que é realmente importante para os usuários do sistema de ar condicionado.
De diversas conversas com especialistas do mercado e de laboratórios, percebemos que há muita dúvida sobre resultados de ensaios. Há ainda, também por parte dos usuários, muitas dúvidas sobre como interpretar as fichas técnicas apresentadas pelos fabricantes, quando são.
De nossas primeiras discussões surgiu o artigo “Zen of Filter Classes”, o argumento inicial é de que há uma incerteza de medição nos ensaios, e trabalhando a sobreposição de classes dos filtros, estas poderiam ser reduzidas. Por outro lado, assumindo-se que os testes estejam apresentando resultados corretos e com adequada repetibilidade, o que importa para o usuário? A quantidade de ar limpo fornecida, existe nos EUA e Canadá o conceito de Clean Air Delivery Rate (CADR).
A idéia é relativamente simples, CADR = Vazão de ar x eficiência do filtro. A argumentação do artigo se baseia na substituição de filtros por outros de classe diferente, mas mantendo a perda de carga inicial. Na análise inicial, apresentada no artigo do CONBRAVA, mostramos que poderiam ser aumentados os volumes totais de ar, mantendo a perda de carga inicial e obtendo valores maiores para o CADR. Como apresentamos na tabela a seguir
Filter class
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Flow
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dP [Pa]
|
CADR
|
Replacement Filter class
|
Replaced
CADR
|
Increase in CADR
|
F9
|
3400
|
140
|
3307
|
F8
|
3774
|
468
|
F9
|
3400
|
140
|
3307
|
F7
|
3757
|
451
|
F8
|
3400
|
120
|
3145
|
F7
|
3468
|
323
|
F7
|
3400
|
100
|
2890
|
F8
|
2359
|
(21)
|
F5
|
3400
|
50
|
1700
|
F6
|
1785
|
85
|
F6
|
3400
|
70
|
2380
|
F5
|
2125
|
(255)
|
Table 2: Filter class replacement for commercial fiberglass pocket filter
|
Esta tabela é apenas uma primeira analise, com filtros de uma família particular de modelos de filtros, trata-se, portanto de uma análise preliminar e que deve, naturalmente, ser complementada por analises de consumo de energia, capacidade das instalações, custos iniciais, entre outros.
Continuaremos as discussões e pretendemos apresentar novos artigos sobre o assunto, contribuições e questionamentos são mais do que bem vindos para que possamos enriquecer os próximos artigos e eventualmente colaborar para novas idéias nos projetos de tratamento de ar.
Marco Adolph
NOTA DO BLOG: para acessar o artigo completo (em inglês) apresentado no CONBRAVA-2011, clique aqui ou acesse o link abaixo:
http://issuu.com/forumqualidadedoar/docs/zen_of_filter_classes_blog
NOTA DO BLOG: para acessar o artigo completo (em inglês) apresentado no CONBRAVA-2011, clique aqui ou acesse o link abaixo:
http://issuu.com/forumqualidadedoar/docs/zen_of_filter_classes_blog
Prezado Dr. Marco,
ResponderExcluirParticularmente acho interessante o conceito proposto, pois vai ao encontro do que estamos discutindo atualmente para norma de qualidade do ar interior, isto é, o que realmente importa é o volume de ar limpo fornecido ao ambiente para manter a qualidade do ar desejada.
E, sabemos que, esta qualidade do ar não está diretamente associada a eficiência do filtro (constante na etiqueta) mas sim às condições como: qualidade do ar exterior, taxa de renovação, infiltração de ar interno, layout e ocupantes, materiais de construção do ambiente, entre outros.
Ocorre no entanto que, o cálculo da CADR não pode ser simplificado ao ponto de relacionar a vazão de ar e a eficiência nominal da classe, pois corremos o risco de desprezar o conceito da eficiência inicial do filtro, gerando resultados irreais.
Acredito que o CADR deva levar em consideração a curva de aumento da eficiência do filtro, em função do acréscimo de perda de carga e, através da integral desta curva, ser calculado o CADR.
Nestes termos, acredito que o conceito seria um pouco mais próximo da realidade.
Sugiro aprofundarmos o assunto através de pesquisa.
Saudações