segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Unidades centrais de ar condicionado: - não está na hora de ter uma norma sobre isso?

Os profissionais que "circulam" por instalações de ar condicionado central no Brasil sabem que muitas delas operam em condições inadequadas e, às vezes, lamentáveis.
Em geral, pode-se verificar bons projetos que, quando saem do papel para a instalação sofrem enormes desvios.
Quando tratamos de unidades centrais de ar condicionado (conforto) ou unidades mais complexas de tratamento de ar, isto fica também bastante evidente.
A busca pelo bom desempenho dos equipamentos é uma realidade que deve ser enfrentada pelos projetistas, instaladores e administradores.
O uso de equipamentos com projetos e construção duvidosos compromete, além do desempenho técnico, a qualidade do ar fornecido aos usuários e / ou processos.
Além disso, fatores como alto desempenho energético também são importantes para os custos operacionais da instalação ao longo de seu ciclo de vida.
Fora do Brasil já existem normas que abordam diretamente os requisitos de desempenho das unidades de ar condicionado central e também as unidades de tratamento de ar para fins de alta higiene.
Estas normas determinam a classificação dos equipamentos com respeito ao seu desempenho energético, isolamento térmico, deflexão e resistência mecânica dos painéis de construção, estanqueidade global, estanqueidade dos caixilhos de filtragem, nível de ruído, entre outros.
Classificados desta maneira os equipamentos poderão ser, em primeiro lugar, equiparados tecnicamente e, mais adiante, selecionados conforme a real necessidade dos usuários.
Trata-se de uma enorme ferramenta aos projetistas.

Abaixo, apresento alguns critérios de classificação de equipamentos conforme norma europeia DIN EN 1886 que é referência neste assunto:

Vazamento / Estanqueidade dos gabinetes:


Isolamento térmico:

Pontes térmicas nos perfis estruturais:

Resistência mecânica dos painéis:

Vazamento admissível nos caixilhos (de acordo com a eficiência do filtro):


Infelizmente no Brasil ainda não há uma norma que é referência para a classificação dos equipamentos tipo Fan Coil ou equipamentos maiores com Expansão Direta.
E, a grande consequência disso são sistemas com menor eficiência energética, além da qualidade do ar, por vezes, comprometida.





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